O Controle Estatístico do Processo é uma ferramenta desenvolvida por Walter Shewart no início do século XX, focada especialmente para indústrias.
Na década de 60, a ferramenta se popularizou porque passou a ser aplicada no ciclo PDCA.
Atualmente, o CEP (Controle Estatístico de Processo) é uma ferramenta da qualidade e busca, através da coleta e análise estatística de dados, padronizar e controlar os indicadores de qualidade do produto/serviço e de seu processo de produção.
Com o CEP é possível replicar otimizações de fluxo e mapear potenciais falhas, buscando evitar erros e perdas. A ferramenta também permite um controle por amostragem para a ação rápida e efetiva do gestor.
Essencial para a promoção da melhoria contínua no seu negócio, o CEP promove indicadores de estabilidade de cada processo mapeado, apontando variações e não conformidades, e minimizando os riscos que essas variações podem representar para os objetivos que o negócio busca atingir.
Nesse artigo você vai saber mais sobre essa valiosa ferramenta de gestão e como você pode aproveitá-la para proteger a operação e otimizar seus resultados.
O que é controle estatístico de processo?
O controle estatístico é o método utilizado pelas empresas para controlar as variações no processo produtivo, identificando as saídas no processo que não estão dentro dos limites de qualidade definidos pela empresa.
Antes da criação da CEP, a qualidade de um produto era analisada apenas ao final da produção. No entanto, observou-se que as melhorias em todo o processo produtivo são cruciais para a otimização da operação e dos resultados do negócio.
Com esse objetivo, são usados um conjunto de dados estatísticos e amostras de resultados que buscam reduzir riscos na operação, revelando desvios e prováveis falhas de execução nos processos.
Principais benefícios do controle estatístico dos processos:
Rapidez na identificação de falhas e instabilidades nos processos produtivos
Redução nos custos de produção
Excelência na qualidade dos produtos e processos
Otimização de tempo e recursos
Redução de erros, perdas e retrabalho
Estabilidade e conhecimento dos fluxos do negócio
Aumento da produtividade
Confiança e valor para os clientes
Controle ágil e eficaz
Cultura de melhoria contínua
Padronização e documentação dos processos
Quando usar um controle estatístico do processo:
Controlar processos de rotina estratégicos para o resultado
Prever o intervalo esperado de resultados de um processo
Determinar se um processo é estável
Identificar se as rotinas da operação precisam de mudanças para melhorar sua produtividade
Quais as causas de variação do processo?
Causas comuns
As causas comuns de variação nos processos são aleatórias e não podem ser evitadas. São eventos que, apesar de impactarem o processo e o produto, por sua natureza não permitem ações de contingência, nem podem ser previstos. (Exemplo: greves e mudanças climáticas).
Quando apenas causas comuns impactam um processo, suas variáveis se mantêm dentro dos limites de controle, indicando a estabilidade do processo analisado.
Causas especiais
As causas especiais de variação nos processos são aquelas que podem ser identificadas e prevenidas através de controles, e ocorrem quando o sistema apresenta falhas nas saídas, que prejudicam os padrões de qualidade estabelecidos pelo negócio. (Exemplos: falta de estoque, matéria-prima de baixa qualidade e falhas de equipamento).
As causas comuns de variação nos processos são aleatórias e não podem ser evitadas. São eventos que, apesar de impactarem o processo e o produto, por sua natureza não permitem ações de contingência, nem podem ser previstos. (Exemplo: greves e mudanças climáticas).
Assim, uma vantagem importante do controle estatístico é o conhecimento dos processos produtivos, buscando entregas estáveis e previsíveis.
Quais problemas o controle estatístico de processo resolve?
O primeiro benefício do controle estatístico de processo é a própria identificação do problema.
Se não existe uma rotina de controle estabelecida, nem parâmetros de qualidade determinados, as entregas da empresa não são previsíveis e estáveis. E, apenas isso, já pode representar um risco alto para o negócio.
Quando o controle estatístico é implementado é possível reduzir desperdício de tempo e de matéria-prima na produção, estabelecer ações de otimização da operação e garantir a qualidade estabelecida dos produtos.
Assim, uma empresa que adota o controle estatístico do processo, além de otimizar os processos, resolve problemas como gastos desnecessários com compras e custo de excesso de estoque de matéria-prima, insatisfação com a qualidade e falta de estoque de produtos para o cliente final, por exemplo.
Custos elevados
O controle estatístico ajuda a reduzir os custos de produção através da contingência rápida de falhas no processo, da otimização do fluxo de compra de matéria-prima, de uma melhor distribuição na alocação de recursos, do equilíbrio dos níveis de estoque, da prevenção de perdas na produção, do aumento na produtividade e muito mais.
A verdade é que o CEP garante ao gestor o controle eficiente de toda a operação, ajudando a prevenir desperdícios desnecessários.
Falhas
O controle das falhas de processo também se beneficia muito com o CEP. A partir da determinação dos parâmetros ideais, o acompanhamento da operação e a correção de falhas no processo fica mais ágil.
As ações corretivas, que visam endereçar os principais problemas identificados nas observações dos indicadores de qualidade, podem ser executadas imediatamente, prevenindo riscos futuros.
Para atuar nas falhas apontadas pelo CEP, geralmente é definido um plano de ação, determinando responsáveis, prazo e etapas para a correção do erro ou desvio.
Baixa produtividade
Com o CEP, o gestor passa a ter uma maior estabilidade no processo, conhecendo melhor suas etapas e funis de produtividade, o que simplifica o controle dos níveis de produção esperados.
Com o suporte de um software, como o Moki, o gestor também pode fazer esse controle em tempo real, buscando um processo de melhoria contínua dos indicadores, otimizando tempo e recursos, e evitando perdas e retrabalho.
Falta de organização de processos
Com a aplicação do controle estatístico dos processos acontece um mapeamento e uma padronização das etapas de produção. Esse movimento gera conhecimento, já que os mecanismos de funcionamento do negócio são mapeados.
Dessa forma, a informação gerada pela aplicação do CEP é estratégica, e torna o negócio menos dependente da rotatividade de seus funcionários.
Como fazer esse controle?
Uma forma de aplicar o controle estatístico é por meio do PDCA (Planejar, Fazer, Checar e Agir) - organizando o que será medido, definindo o que pode impactar esse resultado e quais são os dados mais importantes para o indicador.
É importante adotar um software amigável para a coleta de dados e também determinar um profissional para a análise contínua, seguindo os passos a seguir.
1. Escolher os processos
Defina quais processos são importantes para o negócio e que devem ser mapeados. O processo é a combinação de recursos que participam para a produção de um produto ou serviço: equipe, máquinas, tecnologias, métodos, fornecedores e matéria-prima.
O objetivo para a implementação do CEP para acompanhamento de um processo também pode ser analisar a estabilidade do processo, identificar funis de produção ou potenciais melhorias de produtividade.
2. Coletar dados
Uma vez definidos os processos que serão controlados, você pode definir a amostragem a ser analisada, a periodicidade e iniciar a coleta dos dados necessários. Nesta etapa, o Moki é mais uma vez um grande aliado, ele pode ser utilizado como um software de coleta e análise de dados mais completo, tornando a análise ainda mais robusta.
3. Estabelecer as limitações do processo
Os limites de controle do processo podem ser definidos considerando o processo estável, sem impactos por causas especiais.
A partir disso, basta definir os limites superiores e inferiores de qualidade do processo em análise.
4. Elaborar o gráfico
Antes de definir o modelo de gráfico mais apropriado, é importante definir as características críticas do processo, aquelas que causam variações no resultado, além de pensar em quem utiliza os controles estatísticos desses processos.
Com essa informação, basta elaborar o gráfico com a linha do LSC (limite superior de controle), a LIC (limite inferior de controle) e a LM (linha média), a partir dos dados analisados.
O gráfico de controle dá suporte à redução das variações do processo e à análise das causas de instabilidade, proporcionando uma melhoria contínua dos processos. Assim, se um ou mais pontos ultrapassam o LSC ou LIC, as variações ocorreram por causas especiais, indicando que o gestor precisa dedicar atenção a essa análise.
5. Monitorar as variáveis
Com os limites definidos, o trabalho do gestor deve ser monitorar as variações, buscando identificar as causas, definindo ações corretivas e promovendo uma melhoria contínua do processo.
Mesmo que as variações estejam dentro dos limites, é importante observar se elas seguem alguma tendência.
Se um processo é geralmente estável - apresentando pouca variação próxima a linha média - e muda seu comportamento, apresentando variações próximas do limite em uma amostra relevante, isso pode representar um problema que precisa de tratamento ou investigação.
Com esse objetivo, o gestor pode aliar outras ferramentas de gestão da qualidade como o Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) para encontrar as causas raízes dos desvios e o 5W2H para elaborar Planos de Ação.
>> Saiba mais: Entenda como a automação pode agilizar seus processos!
Como o Moki pode te ajudar a realizar esse controle estatístico?
O uso da tecnologia para o acompanhamento estatístico dos processos torna as análises mais robustas, já que o volume de dados coletados e a integração sistêmica das informações do negócio propiciam uma otimização das análises e controles.
O Moki é um software de gestão operacional orientado por dados em 3 passos:
Aplicação de checklists para coleta de informações e criação de dashboards dinâmicos.
Acompanhamento e cruzamento dos dados dos checklists com os indicadores da operação.
Definição de ações automáticas baseadas em dados.
Assim, com o Moki, além da conexão com seu histórico de dados, você poderá implementar checklists para coletar dados da operação, de forma ágil e simples; construir alertas inteligentes; cruzar seus checklists com os indicadores estatísticos e muito mais.
Com o controle estatístico apurado dos processos, o gestor poderá conectar essas análises com o gerenciamento das operações de campo, de maneira integrada e em tempo real, através de checklists de ação corretiva, caso os processos mapeados saiam dos limites definidos.
Além disso, o Moki possibilita o acompanhamento das ações de contingência e/ou correção em múltiplas áreas, por exemplo.
Assim, a tecnologia de inteligência do Moki, além de dar suporte ao controle estatístico dos processos, pode ser uma excelente aliada para o monitoramento, correção e comunicação, incentivando que uma cultura de melhoria contínua dos processos permeie as diversas áreas da empresa.
Conclusão
Como pudemos ver, o controle estatístico dos processos é uma ferramenta de gestão valiosa para acompanhar a estabilidade dos processos, prevenindo variações, falhas e não conformidades.
Ele funciona como uma bússola de controle de qualidade, definindo o norte e prevenindo problemas que possam desviar o negócio de seus objetivos, acarretando custos para a operação.
Outro benefício importante da implementação do CEP é o fomento de uma cultura de melhoria contínua dos processos, reduzindo custos, otimizando a produtividade e estruturando o negócio e seus esforços de gestão em torno dos aspectos estratégicos para o resultado.
Com o CEP a empresa ganha agilidade em pensar e aplicar planos de ação para conter desvios, especialmente com o suporte de ferramentas de tecnologia de inteligência de negócio como o Moki.
Assim, o uso de técnicas estatísticas para o acompanhamento de variações nos processos, associado a ações estratégicas com suporte tecnológico, possibilita uma abordagem coordenada das ações de correção e melhoria.
Então não perca tempo!
Acompanhe de perto a operação, aplique o CEP para os processos mais críticos, desenvolva um plano de ação para não conformidades, use checklists de acompanhamento, envolva as diversas áreas da empresa e comunique a relevância das ações para o sucesso do negócio e de cada colaborador.