São muitos os desafios no dia a dia de trabalho de uma organização. É comum detectar falhas de processo, não conformidades e outros problemas na rotina administrativa e de produção de uma empresa.
Por isso é tão importante a adoção de boas práticas de gestão e soluções inteligentes que possam auxiliar na organização e otimização desta rotina.
Neste artigo veremos como a metodologia MASP pode ser útil para manter o controle das atividades operacionais e estabelecer uma política de melhoria contínua.
MASP: o que é a metodologia?
A Metodologia de Análise e Solução de Problemas, mais conhecida como MASP, é um método para a realização de análises e proposição de soluções para falhas e não conformidades detectadas nos processos de trabalho, na produção, nos serviços oferecidos e na rotina administrativa de uma empresa.
Esse método auxilia também na identificação das causas para as ocorrências detectadas, facilitando assim o planejamento estratégico de ações preventivas e evitando, ou ao menos reduzindo, problemas que poderiam se repetir sem serem notados.
A MASP foi criada pela União dos Cientistas e Engenheiros Japoneses – JUSE – com o objetivo de padronizar processos, estabelecendo uma política de melhoria contínua, através da realização sistemática de análise e solução de problemas.
O método utiliza o conceito de PDCA, ciclo de desenvolvimento focado na melhoria contínua, também criado no Japão, com foco em gestão de qualidade.
Ambos, MASP e PDCA, viabilizam uma mudança de cultura nas empresas, que reflete diretamente nos resultados.
E qual é sua finalidade nas empresas?
O principal objetivo da utilização do método MASP é prevenir e corrigir falhas de processos e operações de uma empresa.
Através desta metodologia, os gestores acessam informações importantes para tomada de decisões quanto a ocorrências de problemas.
Tratamento de não conformidades
Não conformidade é tudo aquilo que não está de acordo com determinados parâmetros estabelecidos, seja por uma legislação ou por uma regra interna da organização.
O tratamento destas não conformidades é fundamental para que a empresa atinja suas metas.
Os desvios que ocorrem no dia a dia da empresa podem gerar produtos de má qualidade, serviços mal prestados, acidentes de trabalho, multas ambientais e trabalhistas, e todo o tipo de imprevisto custoso para a organização.
Além disso, a empresa corre o risco de perder a credibilidade junto aos seus clientes e fornecedores quando se trata de desvios recorrentes.
Ignorar ou adiar o tratamento dessas ocorrências levará a empresa a perder competitividade no mercado.É preciso analisar as causas e propor ações corretivas a partir dos desvios detectados.
Para tal, se faz necessário um roteiro eficiente, uma solução inteligente que consiga abranger todos os aspectos e levantamentos estatísticos que irão dar base ao plano de ações estratégicas.
Quais são as principais etapas do MASP?
A implementação do método MASP abrange oito etapas principais. São elas:
1ª - Identificação do problema
A primeira etapa é o levantamento dos problemas ocorridos na rotina de trabalho, juntamente com o histórico e demais informações pertinentes. Esta etapa é fundamental para que as demais etapas sejam realizadas com sucesso.
Para tal, podem ser usadas ferramentas de inspeção, auditoria, checklist, entre outras. Vale ressaltar ser de suma importância que o registro destas ocorrências siga um padrão de recolhimento de dados que irão auxiliar na análise da informação obtida.
É, também, nesta etapa que será estabelecida a priorização dos problemas e as metas a serem atingidas. Esta priorização terá como base o histórico e as informações pertinentes, tais como: quais são os riscos oferecidos, as perdas registradas, entre outras.
Por fim, será definida a equipe de trabalho e suas atribuições. O gestor deve dar atenção especial a essa formação, os próximos passos dependem de um bom entendimento e desempenho da equipe na hora de realizar as etapas propostas.
2ª – Observação
A segunda etapa do método MASP é o levantamento das características e peculiaridades dos problemas detectados, por meio da observação e coleta de dados nos locais de ocorrências. Deve-se recolher o máximo de informações possíveis.
O ideal é que essa observação seja realizada por dois ou mais profissionais, para que se tenha o máximo de pontos de vista diferentes e maior precisão de informação.
3ª – Análise
A terceira etapa é uma das mais importantes e exige maior concentração de esforços. É nela que, finalmente, serão apontadas as principais causas dos problemas detectados a partir da análise das informações obtidas e das hipóteses levantadas.
Deve-se ter muito cuidado ao analisar e classificar as causas, considerando que qualquer análise incorreta compromete todas as outras etapas.
Tipos de causas
Causas influentes: São todas as possíveis causas levantadas em um primeiro momento a partir dos registros de ocorrências. É uma espécie de brainstorming das causas que podem ter influenciado uma não conformidade detectada.
Causas mais prováveis: São as causas classificadas como mais prováveis entre as causas já levantadas (influentes).
Causas raiz: São as causas a serem trabalhadas nas próximas etapas. Estas causas serão escolhidas após análise e verificação das causas mais prováveis.
Algumas ferramentas podem ser úteis para definir quais são as causas raiz como, por exemplo, o Diagrama de Ishikawa (ou diagrama de causa e efeito) que considera que todo problema tem causas associadas e devem ser analisadas e testadas até se encontrar qual delas está associada a um determinado desvio.
4ª - Plano de ação
A partir da definição de quais são as causas raiz, a quarta etapa do método MASP trata da elaboração do plano estratégico de ação visando a eliminação dessas causas.
Nesta etapa, a utilização de um método como o 5W2H, por exemplo, pode ajudar bastante na eficácia do plano.
5ª – Ação
Chegou a hora de executar o plano de ação!
Para que a quinta etapa seja bem-sucedida é necessário que todas as outras etapas tenham sido cumpridas corretamente e que a equipe de execução esteja alinhada no entendimento do plano estratégico.
Veja o fluxo das etapas de execução:
6ª – Verificação
Tão importante quanto a execução do plano é saber se ele funcionou conforme o planejado.
A sexta etapa do método MASP trata de analisar dados qualitativos e quantitativos a fim de verificar se houve efetividade das ações, qual foi o impacto nos resultados e realizar a comparação do antes e o depois.
7ª – Padronização
Se as ações tomadas foram consideradas efetivas, o plano adotado deve ser padronizado e reutilizado sempre que necessário de modo a evitar que os problemas se repitam.
É importante que este novo padrão seja comunicado a todos, mantendo o alinhamento das informações.
Vale ressaltar que, mesmo após verificada a efetividade das ações e criado um padrão, é necessário o acompanhamento das ações e o treinamento constante dos funcionários, assim garante a sistemática e a política de melhoria contínua após a sétima etapa.
8ª – Conclusão
A oitava e última etapa do método MASP é a fase em que se faz um balanço geral de tudo que foi implementado e, caso haja pontos negativos, é o momento de repensar as estratégias e propor novas ações.
É importante também documentar todo o aprendizado ao longo do processo e aproveitar essa experiência em futuras ações necessárias.
PDCA x MASP: entenda como se relacionam
MASP e PDCA são métodos que não só se relacionam, como se integram. Uma das ferramentas base da Metodologia de Análise e Solução de problemas é justamente o ciclo PDCA.
O PDCA é um método de gestão de qualidade que abrange 4 fases fundamentais para o controle e o estabelecimento de uma política de melhoria contínua dos processos de uma organização. São elas: Plan (planejar), Do (fazer), Check (checar) e Act (agir).
O MASP utiliza o ciclo PDCA como ferramenta para solução de problemas. As oito etapas do método MASP que acabamos de ver estão diretamente relacionadas com as 4 fases do ciclo PDCA. Vamos entender essas relações!
1ª – Planejamento
Esta é a primeira fase do ciclo PDCA e está relacionada com as 4 primeiras etapas do método MASP: Identificação do problema, Observação, Análise e Plano de ação. São justamente as etapas que compõem os passos para realização do planejamento.
2ª – Realização
Esta é a segunda fase do ciclo e está relacionada com a etapa de Ação do método MASP. Trata-se da execução do plano propriamente dito, a realização do que foi planejado.
3ª – Checagem
A terceira fase do ciclo PDCA está relacionada com a etapa de Verificação do método MASP. São fase e etapa correlatas.
4ª – Ação
A quarta fase está relacionada com as últimas etapas do método MASP: Padronização e Conclusão. A ação aqui trata-se de corrigir o que for necessário após a verificação da efetividade da execução do que foi planejado.
Conheça outras ferramentas essenciais na gestão da qualidade
Além do MASP e do ciclo PDCA, outras ferramentas podem auxiliar na gestão da qualidade de uma empresa. São elas:
5s
É um programa de gestão da qualidade desenvolvido no Japão com o objetivo de padronizar e otimizar processos, mantendo a política de melhoria contínua e garantindo a qualidade dos serviços e produtos oferecidos baseado em cinco conceitos que devem ser seguidos.
A nomenclatura 5s é composta por 5 palavras japonesas que são a base deste programa. São elas:
Seiri: Senso de utilização
Seiton: Senso de organização
Seiso: Senso de limpeza
Seiketsu: Senso de padronização
Shitsuke: Senso de disciplina
Todos esses conceitos podem ser utilizados como parâmetros de melhoria contínua na elaboração do plano de ação do método MASP ou de outros sistemas de gestão adotados por uma organização.
5w2h
Outra ferramenta interessante é a metodologia 5W2H, um checklist administrativo que organiza as etapas e atividades de um projeto, definindo também cronograma e alocação de pessoal.
A sigla é composta pelas iniciais em inglês das 7 perguntas que qualquer gestor deve fazer para estabelecer quais são as diretrizes de um projeto. São elas:
5W
What: O que será feito?
Why: Por que será feito?
Where: Onde será feito?
When: Quando será feito?
Who: Por quem será feito?
2H
How: Como será feito?
How Much: Quanto custará?
A resposta dessas sete perguntas define tudo que é necessário saber para formatar corretamente um projeto e estabelecer as responsabilidades, ou seja, pode organizar a implementação do método MASP, por exemplo.
Checklist
Pode-se dizer que o Checklist (ou lista de verificações) é um roteiro contendo os detalhes de todas as etapas de um determinado trabalho a ser realizado.
Se pensarmos na implementação do método MASP, por exemplo, o checklist pode auxiliar o gestor em todas as etapas, através de checagem padronizada e a partir de perguntas-chave que podem guiar as verificações necessárias.
Vale lembrar que os checklists são ferramentas que também auxiliam a identificar as não conformidades, pavimentando um caminho que é anterior à verificação propriamente dita.
Atualmente, o checklist digital se apresenta como ferramenta fundamental para a implementação de qualquer metodologia ou sistema de gestão da qualidade, são extremamente úteis na rotina de controle dos processos e gestão da informação.
Moki Checklist: o melhor software de gestão da informação
O aplicativo de software Moki é a solução de gestão perfeita para o tratamento de não conformidades, oferecendo todas as ferramentas necessárias para a elaboração de um Plano de Ação eficiente e eficaz.
A tecnologia Moki associada à experiência em gestão oferece muitos benefícios para o seu negócio, otimizando e padronizando processos de modo a garantir maior confiabilidade nos dados e nos seus resultados, gerando informações de qualidade para a tomada de decisões.
Além disso, permite identificar e tratar as não conformidades, fazer a gestão dos planos de ação e também os checklists, tudo no mesmo app!
Nosso software facilita a visão do processo como um todo, auxiliando o trabalho dos gestores e contribuindo para os resultados da sua empresa. O que está esperando para conferir?
adorei explicou direitinho😍