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Cadeia de Valor: o que é, vantagens e como implementar

Atualizado: 3 de mai. de 2023



A organização dos processos e atividades de uma empresa é fundamental para estabelecer prioridades e metas estratégicas importantes para os negócios com foco nos resultados. 


Para além de organizar, é necessário entender a interação e a hierarquia desses processos que são fatores determinantes para geração de valor junto ao cliente e, consequentemente, para alcançar vantagem competitiva no mercado.


Neste artigo, veremos como a cadeia de valor pode auxiliar a entender e organizar as atividades de uma empresa, bem como todo o seu processo produtivo.

 
 

O que é cadeia de valor?

É uma ferramenta que possibilita a representação e a organização dos processos de uma empresa abrangendo desde o relacionamento com os fornecedores, passando pela cadeia produtiva até chegar na distribuição de produtos e serviços. 


O termo foi divulgado em 1985, pelo economista Michael Porter em seu livro “Vantagem Competitiva” e, por isso, também é conhecido como Cadeia de Valor de Porter.


O objetivo do método é estabelecer o que cada um dos processos de uma empresa pode gerar de valor para o cliente. Para tal, é necessário identificar as conexões entre as diversas atividades realizadas em uma organização e como elas se relacionam. 


Definir esses elos é imprescindível para a visualização do que agrega, ou não, valor ao produto final e para a compreensão da cadeia produtiva como um todo. 


Vale ressaltar que cadeia produtiva não se confunde com a cadeia de valor. A cadeia produtiva é formada por todas as etapas do processo de produção, da matéria prima ao fornecimento de bens e serviços, enquanto a de valor é a representação dessas atividades sob a ótica do valor associado a cada uma delas. 


Na prática, a análise da cadeia de valor consiste em mapear os processos, identificar os elos e relações entre as atividades e estabelecer um valor para cada uma delas, possibilitando, assim, um investimento maior em processos que geram valor junto ao cliente.


Processos que fazem parte da cadeia de valor


A cadeia possui dois tipos de processo idealizados por Porter, baseados no tipo de atividade realizada, são eles:


Processos Primários

Também chamados de processos core, são compostos de atividades primárias, aquelas que geram valor de forma direta ao cliente. 


Vejamos alguns exemplos.

  • Logística de entrada: Trata-se da cadeia de suprimentos, mais conhecida pelo nome em inglês supply chain, que envolve desde a aquisição de matéria prima ou contratação de serviços até a distribuição e entrega do produto final.

  • Operações: São atividades consideradas do meio do processo, em que as entradas se transformam em saídas. Maquinários, embalagens, manutenção, montagem, entre outros, fazem parte do processo de operações.

  • Logística de saída: Também conhecida como logística externa, é o processo em que ocorre a distribuição do que foi produzido, ou seja, a entrega dos produtos e serviços aos clientes. Para manter a competitividade há de se garantir qualidade e prazos.

  • Marketing e vendas: São as atividades responsáveis por atrair clientes para a compra de produtos e serviços oferecidos pela empresa. Nesse processo são usadas estratégias tradicionais de vendas, mas também as atuais inbound e outbound marketing.

  • Serviços: Também conhecido como pós-vendas é o processo de apoio e relacionamento com os clientes após a venda realizada, incluindo trocas, reparos, suporte às instalações, entre outros. O pós-vendas inclui a manutenção de valores de planos e serviços.

 
 

Processos de apoio

São compostos de atividades de suporte aos processos primários e, portanto, gerando valor de forma indireta. 

Vejamos alguns exemplos.

  1. Infraestrutura: Envolve a gestão administrativa, legal, financeira e contábil. É um processo que auxilia a empresa a manter o equilíbrio e a saúde financeira.

  2. Gestão de Recursos Humanos: São as atividades de gestão de pessoas, recrutamento e seleção de colaboradores, treinamento, capacitação e desenvolvimento individual.

  3. Desenvolvimento tecnológico: Processo que suporta as atividades primárias através da tecnologia, utilizando ferramentas como, por exemplo, o Moki para logística externa.

  4. Aquisição/Compras: Processo de suprimento de recursos que a empresa necessita para manter suas operações em dia, como compra de materiais e relação com fornecedores.


Quais as vantagens da cadeia de valor?

Mapear e organizar os processos de uma empresa de acordo com as atividades exercidas e atribuir um valor a cada uma delas já é um benefício por si só. Mas existem outras vantagens relevantes em adotar essa ferramenta. 


A principal delas é que ela pode ser usada em qualquer tipo de modelo de negócio e segmentação de mercado, seja lá qual for o porte da empresa, é possível aplicar esta metodologia de análise e valoração de processos. 


Vejamos agora outras vantagens relevantes.


Otimizar processos

Conforme já mencionado, após o mapeamento e a análise de relações das atividades é possível identificar quais são os processos que, de fato, agregam valor ao produto final e influenciam nos resultados junto aos clientes. 


A partir disso, é possível otimizar esses processos e obter uma maior fluidez das atividades, eliminando ações repetitivas e investindo naquelas que realmente impactam os negócios. 


O Moki oferece uma tecnologia eficaz para a automação desses processos e proporciona uma gestão mais efetiva dos negócios.


Competitividade

Esse é o principal foco da cadeia, não é coincidência que o método tenha sido divulgado por Porter justamente em um livro sobre vantagem competitiva, conforme já visto neste artigo. 


A aplicação da metodologia de atribuição de valor viabiliza uma melhor visão dos negócios por parte dos gestores, uma vez que conseguem identificar quais são as atividades de destaque para alcançar os resultados pretendidos. 


Assim, a partir desse conhecimento, é possível explorar de forma efetiva as vantagens que se apresentam com relação à concorrência.


Planejamento estratégico

Uma vez que o mapeamento e a organização dos processos foram realizados, fica mais fácil estabelecer metas estratégicas a partir desse conhecimento. 


O planejamento vai então incorporar as informações fornecidas pela análise da cadeia, indicando quais atividades precisam ser reestruturadas, otimizadas e até mesmo eliminadas. 


E o mais importante: planejar o investimento nos processos que geram retorno e agregam valor junto aos clientes, se posicionando melhor e de forma mais competitiva no mercado.


Como implementar a cadeia de valor?


A implementação da ferramenta é simples e consiste em duas etapas basicamente: 


1. Mapear os processos

Esse é o primeiro passo para começar a analisar as atividades de uma empresa, que são divididas em atividades primárias (criam valor de forma direta), de apoio (criam valor de forma indireta, auxiliam as atividades primárias) e as atividades que garantem a qualidade das duas primeiras.


2. Conexões (elos)

O segundo passo é identificar as ligações entre essas atividades. Essa etapa é muito importante para que a ferramenta funcione de maneira efetiva. 


São as conexões entre os processos que vão sinalizar o que está ou não funcionando e o que agrega ou não valor junto ao cliente.


Outro passo importante é saber diferenciar a cadeia de valor da cadeia produtiva ou de suprimentos. Muitas vezes esses dois conceitos se confundem e isso atrapalha a análise de valor.


Cadeia de Valor x Cadeia de Suprimentos

A semelhança entre as duas é que ambas têm base na cadeia produtiva, porém há uma diferença crucial: o foco. 


As duas cadeias têm objetivos bem diferentes, enquanto a cadeia de suprimentos trata do processo em si e das etapas pelas quais passa um produto ou serviço até chegar ao cliente final, a cadeia de valor foca no atendimento ao cliente.


Resumindo, a cadeia de suprimentos faz o acompanhamento da linha de produção e a cadeia de valor atribui um peso a cada atividade da linha de produção com o objetivo de identificar o que agrega ou não valor para a satisfação dos clientes.


Exemplo de cadeia de valor

Em artigo sobre a criação de valor compartilhado, escrito por Michael Porter, criador do conceito da cadeia de valor, e Mark Kramer, consultor em estratégias de impacto social, apresentam o exemplo da empresa Nestlé. 


A empresa reestruturou seu processo de compra de café passando a trabalhar com novos fornecedores, pequenos agricultores que atuam em áreas de degradação ambiental. 


Com isso, a Nestlé conseguiu construir e agregar valor ao seu negócio, aumentando a lucratividade e credibilidade junto aos seus clientes.


Moki é a tecnologia perfeita para o seu negócio

Se você ainda não tem um sistema de gestão robusto que atenda as demandas dos processos de produção da sua empresa, venha conhecer o Moki!


O Moki é bastante adaptável às metodologias de gestão já utilizadas e permite a automação de diversos tipos de gerenciamentos, tanto dos processos como da equipe de trabalho. Você pode contar com a geração de dados confiáveis que serão muito úteis nas tomadas de decisões estratégicas e na gestão dos planos de ação.


A tecnologia associada à vasta experiência em gestão oferece diversos benefícios para o seu negócio, otimizando e padronizando processos, garantindo dados inteligentes e estratégicos.


Conclusão

Como vimos neste artigo, é extremamente importante organizar e avaliar constantemente as atividades realizadas em uma empresa, produzindo uma cultura de melhoria contínua e permitindo reestruturações importantes para alcançar os resultados pretendidos. 


O sucesso dos negócios depende diretamente de uma gestão competente e eficiente que consegue ter um entendimento dos processos de maneira ampla e sistêmica, para que possa avaliar o valor de cada etapa da cadeia produtiva.


Quer se aprofundar mais? Veja nosso artigo sobre gestão de mudanças!


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